Cristiano
Olá pessoal! Eu sou Damtim. Pra quem não me conhece irei falar um pouco de mim.

Quando era muito pequeno meu pai morreu. Minha mãe não se deixou muito abater e logo arranjou outro para colocar em seu lugar, mas o pior que desta vez não soube escolher bem. Desde quando ela se casou com este dito cujo minha vida começou a virar um inferno. O meu padrastro bebia muito e chegava em casa quebrando tudo e batendo em todos. O mais espantoso é que minha mãe aceitava aquela situação, pois não o denunciava, sei lá porque, pode ser por medo ou algo mais.

Só sei que nos meus dez anos de idade fugi de casa, pois tinha cansado daquela minha vida de espancado. Passava-se os dias e minha vida como menino de rua era somente uma desgraceira total, cheguei até a fuçar em latas de lixo em busca de resto de comida. Mas foi assim que conheci Dona Aparecida, uma velha e sozinha senhora que me acolheu e me ajudou. Embora eu já tivesse mãe comecei a chama-la como tal. Minha nova mãe me deu de tudo e me proporcionou estudo.

Estava tudo a mil maravilhas quando me deparo na saída do colégio, meu padrasto. O pior que o dito cujo me viu também. Logo comecei a correr e ele começou a me perceguir. Cheguei correndo a minha nova casa, entrei e bati a porta e tranquei.
- Damtim! O que foi isso? O que está acontecendo?
- Nada não mãe.

Mesmo eu tendo tentado disfarçar ela percebeu que algo estava acontecendo por causa do meu alvoroço. Então ela abriu a porta pra ver o que era. Quando ela abre uma fresta da porta, meu padrasto a impura, deixando minha nova mãe desmaiada e entra de uma vez e vai a minha procura pela casa. Minha sorte foi Dano Celeste, uma vizinha mundo da fuxiqueira, que me viu se esconder em um dos quartos e pensando que era ladrão chamou a polícia.

Logo quando a meu padrastro entra no quarto onde eu me encontrava, a viatura da polícia chega. Com o susto ele tenta se esconder debaixo da cama, sorte minha que ele não pensou em se enconder no banheiro. Os policiais ao chegarem viram minha nova mãe estirada no chão e chamaram a ambulância e logo depois entraram em busca do suposto ladrão. Depois de tanto procurarem me encontraram no banheiro. E eu tentei explicar tudo, por sorte seu Cícero confirmou que eu era filho da Dona Aparecida. Depois disso contei tudo o ocorrido e local onde meu padrasto estava escondido.

Logo depois troxeram a minha verdadeira mãe, logo descobrir o porque ela não o denunciava, era poruqe ele ameaçava de me matar e matar ela. Agora como ele estava preso ela pediu para que eu voltasse para casa, mas só que eu pensei naquela velha senhora que me acolheu e me deu carinho e amor por alguns meses.

Dona Aparecida, como boa senhora que era, acolheu eu e minha mãe em sua casa para fazer-lhe compania. Hoje sou dono de uma pequena churrascaria e além de tudo agora possuo duas mães.
Cristiano


Como vocês já me conhecem sabem que sofri muito nessa minha vida. Mas parece que sempre o destino está a me pregar peças. Não se já contei a vocês um episódio que aconteceu comigo. Creio que não, mas se tiver contado sempre é bom conversar.


Estava eu a trabalhar na minha churrascaria quando entra um senhor estranho com uma maleta esquisita. Não sei bem descrever como ela era , só que me arrepiei só de olhar para ela. Ele parecia nervoso, pois sempre estava a olhar para os lados. Eu, em meus 23 anos de vida nunca tinha visto uma pessoa naquele estado. 

Meio como do nada do lado de fora da churrascaria começou um tiroteio, nem sei bem explicar como foi isso, só me lembro de ter levado um tiro. Horas após acordei em um hospital sem entender direito o que estava a acontecer. Foi então que meus amigos contaram o ocorrido. Mas não sabiam explicar o que eu estava fazendo com uma mala estranha.

- Que mala? – perguntei.
- Sei que o trauma que você sofreu faz com que haja uma perca parcial de memória, Damtim. Mas logo, logo você lembrará de tudo e explicará o que tem nessa mala. – disse Romualdo.
- Não sei de mala alguma.
- Quando você sair daqui e for pra casa depois da manhã nós conversaremos mais sobre esse assunto.

Passaram-se os dias e eu retornei para casa, quando chego adivinhem quem estava quem estava na porta. Pois é ele mesmo, Romualdo e ele estava com aquela mala esquisita.
De cara lembrei-me então do tiroteio, mas ainda não estava associando a mala a pessoa que estava com ela. Sei que é meio estranho mais sempre vinha uma espécie de volta a minha cabeça sobre o ocorrido.

Eu estava tão perplexo com tal estranha mala que tinha até medo de abri-la e nela conter uma bomba. Sei que isso é uma criancice por minha parte, mas vai saber o que esta bendita possui. Um dia cheguei até a colocar meu ouvido perto dela para tentar balançando ouvir alguma coisa, para meu desespero escutei um tic tac. Imediatamente soltei a mala e liguei para o esquadrão anti-bombas. 

Quando eles chegaram fizeram todos os procedimentos básicos e abriram a mala. Para meu espanto não era nada, era somente um relógio que o dono tinha escondido quando viu o tiroteio. Quando o mesmo viu o que estava acontecendo pegou e correu e entrou na minha churrascaria para não ficar na linha de tiro.

Rapaz que apuro que passei e a vergonha nem se fala.